Banco Central precisa decidir se Brasil vai crescer, diz ministro da Agricultura ao criticar taxa de juros

Banco Central precisa decidir se Brasil vai crescer, diz ministro da Agricultura ao criticar taxa de juros

Carlos Fávaro falou com a imprensa após participar de reunião sobre o Plano Safra, que vai ser lançado nesta terça. Governo tem criticado o Banco Central pela manutenção da Selic a 13,75% ao ano.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, questionado nesta segunda-feira (26) sobre a manutenção da taxa básica de juros em 13,75% ao ano, afirmou que o Banco Central precisa decidir se o Brasil vai crescer.

A declaração de Fávaro é uma crítica ao Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, que em reunião na semana passada manteve a taxa no atual patamar.

Para integrantes do governo, já era hora de o BC baixar os juros. O governo entende que a taxa atual inibe investimentos e impede o crescimento da economia.

O BC, por sua vez, que é independente, argumenta que a taxa em 13,75% ainda é necessária para conter a inflação.

“O Banco Central precisa tomar a atitude de decidir se o Brasil vai crescer ou não vai crescer”, afirmou Fávaro a jornalistas após participar de reunião no Ministério da Fazenda sobre o Plano Safra, que financia a agricultura.

O Plano Safra será anunciado nesta terça-feira (27), em evento no Palácio do Planalto.

Como o plano oferece linhas de crédito e custeio a juros mais baixos que os de mercado, o governo precisa fazer a equalização dos valores. Com a taxa básica de juros a 13,75%, isso significa custos maiores para o governo.

Questionado sobre a equalização, Fávaro disse apenas que “está tudo decidido”.

Na última semana, o ministro já havia confirmado que o Plano Safra 23/24 seria superior a R$ 400 bilhões.

Fávaro também confirmou a previsão de recursos para investimento em armazenamento de grãos e a ampliação de linhas de crédito do BNDES.

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