Mortes e sumiços misteriosos tomam conta da Rússia após motim; general e líder paramilitar não são vistos em público há três semanas
Desde o final de junho, quando o grupo Wagner se rebelou contra Moscou, o paradeiro de Yevgeny Prigozhin, líder do grupo paramilitar, e Sergei Surovikin, ex-comandante russo que esteve na linha de frente da guerra na Ucrânia até janeiro, são desconhecidos. Nós levantado ao questionamento: onde eles estão? Apesar das informações concedidas pelo presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, dizendo que Prigozhin não estava mais em seu país e tinha voltado para a Rússia no dia 6 de julho, desde 24 de junho, quando deu fim ao motim contra Moscou, alegando que era para evitar um derramamento de sangue, o líder paramilitar não é visto em público e não se tem informações sobre ele, com exceção de um comunicado realizado na segunda-feira, 26, no Telegram, mas que não deu as caras, apenas lançou o comunicado. Nesta semana, o Kremlin informou que o paramilitar se encontrou com Vladimir Putin após o motim, contudo, não foram divulgadas imagens da reunião entre os líderes. O tabloide britânico, ‘The Sun’, citando dontes do Kremlin, informaram que Prigozhin está com câncer, e a razão para ter lançado a rebelião era porque ‘não tinha nada a perder’. Para Robert Abrams, um general aposentado comandou as forças americanas na Coreia, em entrevista à ‘ABC News’, nunca mais veremos o comandante do grupo Wagner em público, isso porque ele deve ter sido “colocado na clandestinidade ou enviado para a prisão ou tratado de alguma outra forma”. Abrams acredita que o mercenário já esteja morto.
Surovikin, conhecido como general Armagedom, não é visto em público desde o dia 25 de junho, quando foi detido para ser interrogado sobre alegações de omissão do motim liderado pelo Grupo Wagner. Nesta semana, o chefe da Comissão da Defesa da Duma, a Câmara Baixa do Parlamento Russo, Andrei Kartapolov, informou que o ex-comandante “por ora, está descansando’. A declaração, feita em um áudio reproduzido nas agências de notícias locais, ainda acrescenta que o Surovikin, não está disponível no momento. Segundo informações que começaram a circular na imprensa ocidental o general tinha conhecimento sobre a rebelião realizada pelo Grupo Wagner durante o final de semana. “Aparentemente, ele escolheu o lado de Prigozhin durante o levante, e eles o pegaram”, disse uma fonte citada pelo jornal ‘The Moscow Time’. Surovikin, que comandou as tropas russas na Ucrânia, era um chefe militar respeitado e o elo entre o líder paramilitar, Yevgeny Prigozhin, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Ele ajudou a reforçar as defesas de seu país nas linhas de batalha após a contraofensiva ucraniana do ano passado, porém, foi substituído em janeiro, mas manteve a influência na direção das operações de batalha e segue sendo popular entre as tropas, informou o jornal dos EUA.
Para além de Prigozhin e Surovikin, outros casos de desaparecimento e mortes ampliam a incerteza na chefia do Exército russo. Há três semanas, um alto comandante da Rússia desapareceu, outro foi morto em um ataque aéreo na Ucrânia e um terceiro foi baleado enquanto fazia uma corrida. Segundo autoridades norte-americanas, existem sinais de que outros generais russos podem ter apoiado a tentativa de Prigozhin de mudar a liderança do Ministério da Defesa pela força. O anúncio sobre o descanso de Surovikin, acontece no mesmo dia em que o Exército da Rússia anunciou que recebeu mais de 2 mil equipamentos militares, 2.500 toneladas de munições e 20 mil armas leves do grupo Wagner. “As Forças Armadas russas, de acordo com o plano, concluíram o recebimento de armas e equipamentos militares das unidades do grupo Wagner”, informou o Ministério da Defesa da Rússia.