Cercado por 20 governadores e grande parte de seus aliados, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou o Novo PAC de “começo de seu terceiro mandato” ao lançar o programa no Rio de Janeiro nesta sexta-feira, 11. A nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento foi detalhada durante mais de três horas de evento, encerrado com discurso do presidente. “Hoje começa o meu governo. Até agora o que nós fizemos foi reparar aquilo que tinha desandado”, disse. Lula também cobrou agilidade dos ministros na execução dos projetos, que preveem investimentos somados de R$ 1,7 trilhão até 2026. “O PAC é o começo do terceiro mandato. Ministro terá de trabalhar muito para que a gente possa executar esse PAC. (…) Cada ministro terá de correr atrás.” E destacou que não deixará a “austeridade fiscal quase obsessiva” bloquear os anseios da população por obras em áreas como saúde e educação.
Lula ainda afirmou que os ministros do início de seu novo mandato são mais “afiados” do que equipes de governos anteriores, citou a experiência de vários deles como governadores e mencionou nominalmente Wellington Dias (PT), do Desenvolvimento Social, que governou o Piauí por 4 mandatos. O cargo de Dias é um dos que estão na mira de partidos aliados na reforma ministerial cobrada por Lira, que deve ser anunciada nos próximos dias.
Presenças
A cerimônia de lançamento do Novo PAC foi realizada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, na qual compareceram o prefeito Eduardo Paes (PSD), o governador Cláudio Castro (PL), o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSD); e a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o “banco dos BRICS”.
O evento atraiu vinte governadores de todo o país ao Rio de Janeiro, mas os chefes do Executivo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo-MG), não marcaram presença. O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB-PA), ao falar em nome dos presentes, destacou que os investimentos estimulam o desenvolvimento regional, neste caso, considerando os desafios ambientais. “Chamar um governador da Amazônia para falar em nome dos governadores do Brasil é uma demonstração clara de democracia”, disse. “O exemplo e o chamamento que devem estar acontecendo significa para nós um momento muito especial, aqueles que chegam agora para o seu mandato chegam para uma experiência exitosa”, diz.
Estiveram presentes os seguintes governadores:
- Acre: Gladson Cameli (PP)
- Alagoas: Paulo Dantas (MDB)
- Amapá: Clécio (Solidariedade)
- Amazonas: Wilson Lima (União Brasil)
- Ceará: Elmano de Freitas (PT)
- Bahia: Jerônimo (PT)
- Espírito Santo: Renato Casagrande (PSB)
- Goiás: Ronaldo Caiado (União Brasil)
- Maranhão: Carlos Brandão (PSB)
- Mato Grosso: Mauro Mendes (União Brasil)
- Mato Grosso do Sul: Eduardo Riedel (PSDB)
- Pará: Helder Barbalho (MDB)
- Paraíba: João Azevêdo (PSB)
- Pernambuco: Raquel Lyra (PSDB)
- Piauí: Rafael Fonteles (PT)
- Rio Grande do Norte: Fátima Bezerra (PT)
- Rio de Janeiro: Cláudio Castro (PL)
- Rondônia: Coronel Marcos Rocha (União Brasil)
- Roraima: Antonio Denarium (Progressistas)
- Tocantins: Wanderlei Barbosa (Republicanos)