Influenciada pela queda do preço dos combustíveis, inflação desacelera e fica em 0,23% em maio

Influenciada pela queda do preço dos combustíveis, inflação desacelera e fica em 0,23% em maio

De acordo com os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que define a inflação oficial do país, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação oficial do mês de maio ficou em 0,23%, o que representa queda de 0,38 ponto percentual (p.p.) em comparação à taxa de 0,61% registrada em abril. Em 2023, a alta acumulada do IPCA é de 2,95%. Já nos últimos 12 meses, o índice é de 3,94%. Em maio de 2022, a variação da inflação havia sido de 0,47%. Os grupos de Transportes e de Artigos de residência foram os únicos a registrarem queda no IPCA de maio, de 0,57% e 0,23%, respectivamente. No primeiro, destacam-se os recuos nos preços das passagens aéreas (-17,73%), além do resultado de combustíveis (-1,82%), por conta das quedas do óleo diesel (-5,96%), da gasolina (-1,93%) e do gás veicular (-1,01%). A desaceleração do índice em maio também foi influenciada pelo resultado do grupo de Alimentação e bebidas, que passou de 0,71% em abril para 0,16% em maio.

“Trata-se do grupo com maior peso no índice, o que acaba influenciando bastante no resultado geral”, explicou André Almeida, analista da pesquisa, à agência de notícias do IBGE. O principal destaque foi na alimentação no domicílio, que passou de alta de 0,73% no mês anterior para uma estabilidade em maio. O grupo registrou queda nos preços das frutas (-3,48%), do óleo de soja (-7,11%) e das carnes (-0,74%). Por outro lado, a alta teve como destaque a inflação do tomate (6,65%), do leite longa vida (2,37%) e do pão francês (1,40%). “Nos casos do tomate e do leite, os aumentos de preço estão relacionados a uma menor oferta”, explica Almeida.

Entre os demais grupos, todos apresentaram alta nos preços. A inflação no segmento de Saúde e cuidados pessoais teve o maior impacto e variou 0,12 p.p. o IPCA, e também teve a maior variação, com alta de 0,93%. O destaque ficou com o segmento plano de saúde (1,20%) e itens de higiene pessoal (1,13%), com especial influência para a alta dos perfumes (3,56%). Também os produtos farmacêuticos, com alta de 0,89%, contribuíram para o resultado, após a autorização do reajuste de até 5,60% no preço dos medicamentos, a partir de 31 de março.

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 29 de abril e 29 de maio de 2023, com os preços vigentes no período de 30 de março a 28 de abril de 2023. O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

  • Alimentação e bebidas: 0,16%
  • Habitação: 0,67%
  • Artigos de residência: -0,23%
  • Vestuário: 0,47%
  • Transportes: -0,57%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,93%
  • Despesas pessoais: 0,64%
  • Educação: 0,05%
  • Comunicação: 0,21%

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