Denúncia de Érika Hilton de transfobia na CPMI perde força após laudo da Polícia Legislativa

Denúncia de Érika Hilton de transfobia na CPMI perde força após laudo da Polícia Legislativa

Deputada federal do Psol acusa o colega Abilio Brunini de ter dito que ela ‘ofereceria seus serviços’ durante a oitiva de Mauro Cid no colegiado

A Polícia Legislativa do Senado Federal não conseguiu identificar, nas imagens do Circuito Interno de TV da Casa, as agressões transfóbicas e de violência política e de gênero que a deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) alega ter sofrido por parte do colega deputado federal Abilio Brunini (PL-MT) durante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, de acordo com as informações obtidas com exclusividade pelo repórter Bruno Pinheiro, da Jovem Pan. O presidente da CPI, Arthur Maia (União Brasil-BA), determinou, na última terça-feira, 21, que a Polícia Legislativa investigasse as imagens da comissão para averiguar a cena. O laudo aponta que não é possível determinar se houve agressão a partir das imagens e áudio registrado nas imagens. “As imagens registradas pela TV Senado não mostram o deputado Abílio Brunini (PL-MT). Quanto à faixa de áudio armazenada no mesmo arquivo de mídia, após tratamento, especialmente com a supressão de partes do sinal provenientes da fonte sonora principal (fala da deputada Erika Hilton) e considerando a percepção auditiva do examinador, constatou-se fragmento de fala que se assemelha aos termos ‘tem serviço’, porém de entendimento duvidoso, podendo variar conforme a compreensão de cada ouvinte”, diz o laudo.

O parecer prejudica a denúncia que a Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) para que o deputado seja investigado por suposta prática fala transfóbica e de violência política e de gênero contra a parlamentar em sessão da CPMI. Integrantes do colegiado, contudo, afirmam ter ouvido Brunini falar que Hilton “ofereceria seus serviços” no momento em que ela fazia perguntas ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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