Em depoimento à CPI das Americanas, na Câmara dos Deputados, o presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), João Pedro Barroso, diz que delações premiadas podem ajudar a identificar como funcionavam as fraudes na rede. “Queria encorajá-los a fazer colaboração com a CVM, porque as senhoras e senhores serão identificados. Chamo a atenção para que essas colaborações premiadas aconteçam antes do início do julgamento dos processos, que é o momento em que as senhoras e senhores podem, em caráter reservado e por escrito, entregar informações que têm conhecimento, realizar propostas de acordo de supervisão, com a confissão da participação e detalhamento das infrações das quais têm conhecimento”, disse Barroso. Indícios apontam que dirigentes agiam em conluio para o que se promover fraude contábil na rede varejista, na casa de R$ 22 bilhões. A fraude começou no início de 2023, apontando rombo de R$ 20 bilhões, mas uma apuração independente aponta para fraude contábil maior. Os dirigentes maquiavam números com objetivo de transformar prejuízo em lucro e objetivando bônus e resultados pessoais. Uma força-tarefa envolvendo Polícia Federal, Ministério Público e a própria CVM foi montada para investigar o escândalo.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga