Um ato explícito de racismo cometido por Ednaldo César, filho do ex-prefeito Leonardo Cantanhede e entusiasta da candidatura de Dico da Farmácia, causou uma onda de indignação entre a população de Bequimão. Às vésperas da Semana da Consciência Negra, o policial rodoviário utilizou um grupo de mensagens para atacar de forma criminosa e racista um cidadão local, chamando-o de “asno selvagem africano”. A mensagem, marcada por termos ofensivos e preconceituosos, tem gerado revolta e repúdio em diversas camadas da sociedade bequimãoense.
O ataque ganha ainda mais relevância por ocorrer em um município onde aproximadamente 70% da população é formada por pessoas negras. O ato de Ednaldo revela não só seu preconceito, mas também uma falta de respeito às raízes africanas que compõem a história e identidade de Bequimão. A agressão circulou rapidamente nas redes sociais e em grupos de mensagens, impulsionando o clamor popular por justiça e retratação.
Ednaldo César, que sempre tentou herdar a pequena faísca política deixada pelo pai, ex-prefeito Leonardo Cantanhede, nunca conseguiu dar continuidade a esse pequeno legado. O ex-prefeito, que já havia perdido espaço na política local, vê agora a imagem da família definitivamente manchada, com o episódio racista enterrando de vez qualquer pretensão de retorno ao cenário político de Bequimão.
O crime de racismo é inafiançável e imprescritível no Brasil, conforme disposto no artigo 5º, inciso XLII, da Constituição Federal, além de estar sujeito às sanções previstas pela Lei 7.716/89. O episódio protagonizado por Ednaldo César reforça a importância de se combater o racismo estrutural, especialmente em municípios como Bequimão, onde a maioria da população tem suas origens vinculadas à herança africana.
Espera-se que o Ministério Público e as autoridades competentes investiguem o caso com seriedade, para que o crime cometido seja devidamente apurado e punido, servindo como exemplo de que o racismo não será tolerado em nenhum nível da sociedade.