Prates diz que nova política de preços da Petrobras ‘passou no teste’ um dia após aumento dos combustíveis

Prates diz que nova política de preços da Petrobras ‘passou no teste’ um dia após aumento dos combustíveis

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, declarou nesta quarta-feira, 16, que a nova política de preços da empresa ‘passou no teste’, apenas um dia após a anúncio de reajuste. Ele compareceu à audiência pública conjunta das Comissões de Infraestrutura (CI) e de Desenvolvimento Regional (CDR) do Senado Federal e explicou o novo modelo de precificação de combustível. Segundo o ex-senador, o reajuste é uma comprovação do compromisso da Petrobras com o método de preços. “Qual era o teste que se propunha? ‘Quero ver na hora que subir o preço lá fora, se [a Petrobras] vai fazer o ajuste’. Fizemos. Portanto, a política passou no teste e vamos fazer [reajuste] quando for necessário”, declarou.

Prates defendeu que o novo modelo busca tornar mais justo o preço ao consumidor final, sendo menos impactados por variações do mercado externo. “[O modelo] envolve 40 mil equações diferentes, com programação linear. Onde o cliente estiver é possível a gente fazer simulação de qual o melhor modal, o melhor óleo pra colocar na refinaria mais próxima… A Petrobrás tem esse modelo desenvolvido há décadas e é para ser usado”, complementou. A Petrobras anunciou na terça, 15, um aumento dos preços dos combustíveis nas distribuidoras. O preço médio da gasolina subiu R$ 0,41 por litro, enquanto o diesel aumentou R$ 0,78. A razão do reajuste é o risco de desabastecimento em território nacional. Como a gasolina e o diesel brasileiros vinham operando com preço abaixo do mercado internacional, as empresas estavam importando menos combustível devido ao valor mais baixo no mercado interno. O problema é que 25% do diesel consumido no Brasil é importado.

A Petrobras anunciou o fim da paridade internacional de preços do petróleo no dia 16 de maio. De lá para cá, os postos de gasolina conseguiam comprar diesel e gasolina por um preço bem menor no mercado interno do que no exterior. Com o passar dos três meses, as reservas dos combustíveis, principalmente do óleo diesel, passaram a diminuir. O ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, afirmou que não havia risco de o Brasil ficar desabastecido e que os casos de restrição de oferta dos produtos eram “pontuais”. No entanto, dias depois, a Petrobras anunciou o reajuste.

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