Ministro das Comunicações afirma que confia “na imparcialidade do Poder Judiciário” e que a sua inocência será comprovada ao final desse processo.
O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, disse nesta quarta-feira (12) que o seu indiciamento em investigação da Polícia Federal é “ação previsível, que parte de uma apuração que ignorou fatos e sequer ouviu a defesa sobre o escopo do inquérito”.
Segundo ele, a apuração “parece ter se desviado de seu propósito original. Em vez disso, concentrou-se em fazer vazamentos seletivos, sem considerar os fatos, para tentar criar uma condenação prévia na opinião pública”.
“Trata-se de um inquérito que devassou a minha vida e dos meus familiares, sem encontrar nada. A investigação revira fatos antigos e que sequer são de minha responsabilidade enquanto parlamentar. É importante deixar claro que não há nada, absolutamente nada, que envolva minha atuação no Ministério das Comunicações, pautada sempre pela transparência, pela ética e defesa do interesse público”, disse Juscelino.
Ele reforça que ele indicou, como deputado federal, emendas parlamentares para custear obras, mas que a realização e fiscalização delas são de responsabilidade do Poder Executivo.
Durante o depoimento do ministro no mês passado, Juscelino diz que o delegado responsável não fez questionamentos relevantes sobre a investigação e encerrou abruptamente após apenas 15 minutos, sem dar espaço para esclarecimentos ou aprofundamento.
“Isso cria dúvidas sobre sua atuação, repetindo um _modus operandi_ que já vimos na Operação Lava-Jata e que causou danos irreparáveis a pessoas inocentes. É importante lembrar que o indiciamento não implica em culpa. A Justiça é a única instância competente para julgar e confio plenamente na imparcialidade do Poder Judiciário. Minha inocência será comprovada ao final desse processo, e espero que o amplo direito de defesa e a presunção de inocência sejam respeitados”, afirmou.