Estreante e ‘carrasca’: Conheça o grupo do Brasil na Copa do Mundo feminina

Estreante e ‘carrasca’: Conheça o grupo do Brasil na Copa do Mundo feminina

Seleção tem chances de avançar às oitavas de final e pode ter caminho mais difícil se ficar em segundo na chave

A nona edição da Copa do Mundo de futebol feminino começa no próximo dia 20 de julho, na Austrália e Nova Zelândia, às 4h30 (horário de Brasília). No primeiro Mundial feminino sediado por dois países, o Brasil jogará a primeira fase toda na Austrália, tendo como base a cidade de Brisbane, e vai disputar uma das duas vagas para as oitavas de final com PanamáFrança e Jamaica no Grupo F. Dois dos adversários são velhos conhecidos da seleção e um é estreante em Copas. O trajeto das brasileiras parece “tranquilo” na primeira fase, e nos mata-matas pode fazer um caminho mais tranquilo dependendo da posição na chave. Abaixo, falamos sobre os adversários do grupo e os possíveis cenários do mata-mata até um inédito título. Confira:

Grupo F

Panamá

A seleção do Panamá é uma das oito estreantes na Copa do Mundo de 2023 e se classificou na repescagem ao vencer Papua-Nova Guiné (2 a 0) e o Paraguai (1 a 0). Será o primeiro adversário da seleção brasileira no dia 24 de julho, às 8h (horário de Brasília), no estádio Hindmarsh, em Adelaide, e não é cotada para avançar de fase. O técnico Ignacio Quintana chegou em dezembro de 2020 e vem fazendo um bom trabalho. Além da classificação inédita, nos últimos seis amistosos as panamenhas venceram três, empataram um e perderam dois jogos, um deles por 7 a 0 para a Espanha. Os nomes principais do elenco são a meio-campista Marta Cox, de 25 anos, e a atacante Riley Tanner, de 23.

França

Cotada como a principal adversária do Brasil pela liderança da chave, a França é a “carrasca” da seleção. Na edição de 2019, os países se enfrentaram nas oitavas de final e, depois de um jogo duro de 1 a 1 no tempo normal, as francesas ficaram com a vaga ao vencerem na prorrogação por 2 a 1. Apesar de imponente e tradicional, a França chega como “incógnita” nesse Mundial após tensões nos bastidores. Em março, a capitã Wendie Rennard e outras duas jogadoras anunciaram aposentadoria da seleção por divergências com a treinadora Corinne Diacre. O levante fez a Federação demitir Diacre, que tinha problemas de relacionamento com várias estrelas do grupo, e anunciou Herné Renard, ex-técnico da seleção da Arábia Saudita – que venceu a Argentina de Messi no Catar. As jogadoras reconsideraram e irão à Austrália.

Jamaica

A Jamaica é uma velha conhecida da seleção brasileira. Em 2019, os países se enfrentaram na fase de grupos e o Brasil levou a melhor por 3 a 0. As Reggae Girlz disputam o segundo Mundial consecutivo, mas não estão em boa fase. Neste ano, foram seis jogos com cinco derrotas e um empate. Apesar de não serem cotadas para avançar de fase, podem fazer um jogo forte com o Brasil. Principalmente pelo talento do ataque com Khadija Shaw, atacante de 26 anos e atleta do Manchester City (ING), que fez 31 gols em 30 jogos na última temporada; e com Jody Brown, de 21 anos.

Caminho no mata-mata

O Brasil tem seu caminho traçado nos mata-matas dependendo da posição em que terminar na chave. Nas oitavas de final, a seleção enfrenta adversários do Grupo H, que tem AlemanhaColômbiaCoreia do Sul e Marrocos. Caso termine em primeiro, a tendência é que o Brasil pegue a Colômbia, que deve ficar em segundo na chave. Se avançar às quartas de final, pode enfrentar Dinamarca ou Canadá. E, nas semifinais, uma possível Alemanha ou Inglaterra. Se terminar em segundo no Grupo F, o caminho é mais difícil. Já nas oitavas, a seleção pode pegar a Alemanha e, se avançar, a Inglaterra nas quartas de final. Tudo é projeção, e os resultados podem ser diversos, mas o melhor caminho é terminar em primeiro na chave. Do outro lado do chaveamento, estão Suécia, Espanha, Estados Unidos, Japão e Noruega, três das quatro campeãs mundiais e concorrentes à final.

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