Presidente do Chile disse que tem respeito e carinho pelo líder do Brasil, mas que suas falas não o ofendem; ele voltou a enfatizar a necessidade de posicionamento claro sobre a guerra na Ucrânia
Após o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) rebater as falas do líder chileno dizendo que ele ersa um jovem ansioso com pouca experiência, em referência a cobrança de Gabriel Boric por posicionamentos claros da América Latina sobre a guerra que acontece na Ucrânia, o chefe de Estado do Chile disse que não ficou ofendido com as declarações e que tem um carinho e respeito pelo brasileiro, porém, reforçou que a Guerra na Ucrânia é inaceitável e que é preciso que todos os países defendas o direito internacional a todo custo. “Tenho repeito infinito e muito carinho pelo Lula, mas se me perguntam se quero que termina aguerra, sim, eu quero que termine e guerra e creio que a gente precisa ser muito claro sobre está havendo uma guerra de agressões inaceitáveis”, disse em entrevista à imprensa. “Nenhuma potência pode passar por cima do direito internacional violando sua integridade territorial e realizando o massacre que estamos vendo”, acrescentou.
O líder chileno, enfatizou que seu país tem uma postura clara quanto ao conflito no Leste Europeu. “A posição do Chile é uma posição de princípios e respeito a importância da defesa e do direito internacional. Creio e tenho profunda convicção que temos que ser categóricos. Temos que ser claros e não podemos deixar nenhum espaço para dúvida”. Durante sua declaração, Boric citou um episódio que acontece hoje: os ataque noturnos russos aos portos da Ucrânia que destruíram 60 mil toneladas de grãos, segundo o governo ucraniano. Segundo ele, essa situação afetas diretamente outros países, incluindo o Chile, pois haverá aumento no preço de alimentos e fertilizantes e aumento da inflação. Por isso queremos que termine a guerra.
A desavença entre Lula e Boric começou na terça-feira, 18, na Cúpula entre a União Europeia (UE) e a Comunidade de Estados Latino-Americanos (Celac), realizada em Bruxelas, na Bélgica., em que o chileno disse que se não havia uma declaração clara da cúpula em relação à guerra na Ucrânia, era porque alguns países da América Latina se recusam a admitir o que esta acontecendo no Leste Europeu. No documento, divulgado nesta quarta, 19, há apenas uma manifestação de “profunda preocupação” com o conflito e não cita a Rússia. Durante os dois dias de encontro, houve divergência sobre a assinatura do documento. A Nicarágua se absteve.